02 agosto 2004

men's sneakers are always prettier

não se fez muito, hoje. queria contar-vos qualquer coisa, mas já não sei o que era.


fui à depilação. doeu. as conversas que se ouve no cabeleireiro...

cliente: que cheiro é este?
esteticista: é cera.
cliente: ai, é um cheiro mau.
cabeleireira #1: é a *insert nome da esteticista* que não se lavou, veja lá o bedum que ela larga...
esteticista: é, e só agora é que começou a sentir-se, que curioso...
cabeleireira #1: é porque ela tem a perna aberta, por isso é que é um cheiro tão forte, veja lá.

e depois foram arrancar-me a pele.


estive para comprar uma camisola que dizia '2nd hand attraction', mas estava-me grande e não me caía bem [o que é estranho, porque era o meu tamanho]. tive pena, porque, apesar de não dever realmente gastar o dinheiro, gostei mesmo dela e não era cara. verde-água com lettering vintage tipo anos 50 e [important] not too flashy. e umas alças originais. vou ter de ver se têm o tamanho inferior.


the funniest thing happened today. ia a subir a rua e passou um rapaz a passear um cão. parecia-me estranhamente familiar, mas não conseguia encaixá-lo em lado nenhum; ele ficou também a olhar para mim naquela do 'wtf?'. no milésimo de segundo imediatamente depois de o ter perdido de vista, lembrei-me de quem era. chama-se vasco e andava na mesma escola secundária que eu; não o reconheci por causa do cabelo curto. parece ser uma rule of thumb que toda a gente corta o cabelo depois do secundário. menos o alex, mas ele não muda e é do metal, por isso é mais do que uma questão de aparência. o vasco era namorado de uma rapariga da minha turma que era igualzinha à alanis morissette e que ficava indignada quando a professora de filosofia usava a expressão 'homem vulgar' porque achava depreciativo e não-merecido, pelo que fez um trato com a professora segundo o qual usava a expressão 'homem comum' para se referir ao homem vulgar. do vasco só sei isto e que, como a namorada andava sempre de metro sem bilhete [na altura ainda se podia], quando ela foi apanhada foi ele que pagou a multa. não sei se isto realmente aconteceu, mas achámos very sweet. na altura achava-o bonito apesar do ar de arrumador de carros. continuo a achar.
depois de termos passado um pelo outro, olhei para trás para confirmar se era ele e dei com ele a fazer o mesmo. desatei-me a rir. passado um bocado voltei a fazer o mesmo. ele também. it's funny how you see people years later.


como já disse, queria contar qualquer coisa mas esqueci-me.


listens to: tool - schism[commmmmmmunication] | parabol parabola [i freakin love this song]

1 comentário:

Bogas disse...

1. Ontem, aconteceu-me a mesmíssima coisa (reencontros com o passado), mas elevado à décima potência. O que vale é que envolveu shots :)

2. Eu não cortei o meu cabelo depois do secundário. E não sou do metal. (Simplesmente, aborrece-m ir ao cabeleireiro, ainda que hoje mesmo tenha pensado em cortá-lo).

3 - A Parabola é muito, muito boa.

Beijinhos