27 março 2005

be kind to me or treat me mean

como ontem estive a ver o programa dos musicais americanos, depois vim para o computador sacar musiquinhas antigas. antes de mais, constatei que foi a primeira vez em muito tempo que escolhi um programa e fiquei a vê-lo, o que dá conta da minha compulsão para o zapping. conclusão: faço-o sem pensar, só porque sim, o que acho que dirá alguma coisa sobre o meu estado mental. que bunito.
as musicas que tirei, porque vocês estão muito interessados, foram algumas que ouvi e outras de que entretanto me lembrei:

. sarah vaughan - night and day
. frank sinatra - i've got you under my skin
. ray charles - hit the road, jack
. harry connick jr. - it had to be you [a música de when harry met sally, o filme que nunca ninguém sabe qual é até se falar na cena da sanduíche-que-provoca-orgasmos... vidas...]
. michael bublé - feeling good [depois da nina simone e dos muse]


parece que também me proporcionaram o álbum novo da tori amos,


ah :O


e entretanto saquei o da fiona apple, que não sei como se chama e ainda não ouvi, a não ser a faixa abaixo mencionada.
tenho estado curiosa para sacar o álbum da amy winehouse; ela é um bocado badalhocazeca, mas canta bem. senão, atentem na pérola lírica do tema in my bed, o único que conhecia até há pouco: now it's not hard to understand why we only speak at night | the only time i hold your hand is to get the angle right. é bonito.


esta é a amy winehouse



se queria dizer mais alguma coisa, esqueci-me. boa páscoa.

music: fiona apple - extraordinary machine

25 março 2005

para a sofia :)

mexo, remexo na inquisição
só quem já morreu na fogueira sabe o que é ser carvão

eu sou pau pra toda obra
deus dá asas à minha cobra

minha força não é bruta
não sou freira nem sou puta

porque nem toda feiticeira é corcunda
nem toda brasileira é bunda
meu peito não é de silicone
sou mais macho que muito homem

sou rainha do meu tanque
sou pagu indignada no palanque

fama de porra-louca, tudo bem
minha mãe é maria-ninguém

não sou atriz-modelo-dançarina
meu buraco é mais em cima

porque nem toda feiticeira é corcunda
nem toda brasileira é bunda
meu peito não é de silicone
sou mais macho que muito homem


Pagu, Maria Rita

14 março 2005

je suis fatiguée [ainda sei conjugar verbos no feminino]

e
o bem que me sabe pensar que amanhã não tenho de estar em lado nenhum antes das 11h30.

estou cansada, como se pode ver pelo título anexo.

hoje fiz o meu primeiro mix cd de sempre. acordei pouco bem disposta e a pensar já que o dia ia correr mal [e a interrogar-me como é possível pensar já assim mal o dia começou e a lembrar-me de algumas razões]. fiz um alinhamento completamente ao calhas e chamei-lhe: mix #1 - DRAMA. é curioso como sabe bem [ou outra coisa qualquer] ouvir músicas tristes quando estamos tristes. anyway, as músicas que escolhi [umas mais a ver com a maneira como me sentia do que outras] foram:

01: sarah maclachlan - stupid
02: all saints - war of nerves
03: amy whinehouse - in my bed
04: angie stone - wish i didn't miss you
05: beyoncé - crazy in love [haha]
06: cazuza - faz parte do meu show
07: fiona apple - extraordinary machine
08: donna maria - quase perfeito
09. madredeus - oxalá
10: the temptations - build me up buttercup
11: linda perry - fill me up
12: nerina pallot - patience
13: damien rice - volcano
14: da weasel - ainda te lembras? [esta foi só porque me apetecia ouvir]
15: robi draco rosa - lie without a lover

e ainda ficou espaço no cd. which means i'll be getting in some more.

no outro dia ouvi que as mulheres usam 10.000 palavras por dia e os homens 4.000. weird. girls do start to speak sooner than boys, but...

viram o Bogas ganhar hoje no Um Contra Todos? :)

bom, acho que vou ficar por aqui. não tenho mais nada de jeito para dizer.

#over and out#

12 março 2005

e depois de um post completamente estúpido,

queria recomendar-vos o compal clássico de manga. não gostar disto é padecer de séria falta de gosto. palato, mesmo. [epah, "palato"]



da minha monografia

[...]

Mas que tipo de relações são estas que fazem de uma família uma família? Ravazzola, Barilari e Mazieres (1997) definem a instituição familiar como um sistema social composto por actores sociais que levam a cabo funções necessárias para a sua organização, sendo que essa organização possui regras, estabelece fronteiras entre si e o exterior e tem agrupamentos internos, entre os quais também são erigidas fronteiras. São ainda descritos para as famílias códigos, valores, hierarquias, histórias e mitos, assim como diferenças de poder entre os membros. De um ponto de vista mais orgânico, os autores mencionam a família como um grupo social delimitado e identificável, cujas dinâmicas internas vão estar em relação com o contexto social mais amplo ao qual pertencem; trata-se de pessoas que se influenciam mutuamente com intensidade (dependem emocionalmente entre si, o que dá lugar às emoções que podemos procurar verbalizar sob os vocábulos «afinidades», «gostos», «apegos» e «rancores») e respondem a expectativas recíprocas. Em geral, compartilham alguns significados, entre os quais possuem peso especial os mitos históricos e os códigos e lógicas que configuram uma cultura particular. Ao debruçar-se justamente sobre os mitos e rituais de comunicação na família adoptando um posicionamento ecossistémico, Benoit (1997) afirma que cada família participa colectivamente em três categorias de intercâmbios humanos, a saber:
- a percepção estrutural das regras que a unem (e, simultaneamente, do que a distingue das outras famílias), transmitidas sobretudo de modo implícito.
- os valores familiares dominantes, com os sentimentos que os animam, inerentes às alianças e às distâncias e que determinam as escolhas recíprocas (e.g., a honestidade, os ganhos, o saber, o bem-estar, a eficácia); simultaneamente, todos os contravalores correspondentes («aquilo que não se faz na nossa família»).
- os actos individuais, duais e colectivos, realizados no concreto relacional intra e extra-familiar (e.g., a escolha do nome próprio de um recém-nascido, a distribuição dos espaços pessoais, os encontros com a família alargada, as distracções privilegiadas).

referências:

Benoit, J. (1997). Tratamento das perturbações familiares. Lisboa: Climepsi. (Tradução do original em Francês Le traitement des désordres familiaux. Paris: Dunod, 1995)

Ravazzola, M. C., Barilari, S., & Mazieres, G. (1997). A família como grupo e o grupo como família. In D. Zimerman, & L. Osorio (Eds.), Como trabalhamos com grupos (pp. 293-304). Porto Alegre: Artes Médicas.



musiquinha: muse - butterflies and hurricanes

11 março 2005

se é cada coisa para seu lado ou se isto anda tudo ligado

ainda não vi a impressionante mariposa [ainda não]
ainda não vi a pretendente pesarosa [ainda não]
ainda não vi a tarde morna e vagarosa [ainda não]
ainda não vi as duas faces da provável solidão

ainda não vi a bomba H
ainda não vi a de neutrões
ainda não vi os meus travões
a ver se paro antes de chegar lá

ainda não vio riso que tudo desvenda [ainda não]
ainda não vi o reverendo e a reverenda [ainda não]
ainda não vi o leão ferido e a sua senda [ainda não]
ainda não vi a face clara da possível confusão

ainda não vi a hora H
ainda não vi a mão em V
ainda não vi o dia D
em que a guerra final começará

quando eu nascer para a semana, ó mana
quando eu nascer para a semana
hei-de ouvir o teu parecer
hás-de me dizer
hás-de me dizer
hás-de me dizer
se é cada coisa para seu lado ou se isto anda tudo ligado

ainda não vi as artimanhas da saudade, ainda não
ainda não vi a caravana na cidade, ainda não
ainda não vi a incorruptibilidade, ainda não
ainda não vi as duas faces da provável solidão

ainda não vi a bomba H
ainda não vi a de neutrões
ainda não vi os meus travões
a ver se paro antes de chegar lá

ainda não vi o abraço à porta da taberna, ainda não
ainda não vi a ideológica lanterna, ainda não
ainda não vi a mão que avança para a perna, ainda não
ainda não vi a face clara da possível confusão

ainda não vi a hora H
ainda não vi a mão em V
ainda não vi o dia D
em que a guerra final começará

quando eu nascer para a semana, ó mana
quando eu nascer para a semana
hei-de ouvir o teu parecer
hás-de me dizer
hás-de me dizer
hás-de me dizer
se é cada coisa para seu lado ou se isto anda tudo ligado

ainda não vi a grossa lágrima ao espelho, ainda não
ainda não vi o grande chefe e o seu grupelho, ainda não
ainda não vi o azul-turquesa e o vermelho, ainda não
ainda não vi as duas faces da provável solidão

ainda não vi a bomba H
ainda não vi a de neutrões
ainda não vi os meus travões
a ver se paro antes de chegar lá

quando eu nascer para a semana, ó mana
quando eu nascer para a semana
hei-de ouvir o teu parecer
hás-de me dizer
hás-de me dizer
hás-de me dizer
se é cada coisa para seu lado ou se isto anda tudo ligado


[Sérgio Godinho com da Weasel e Gabriel O Pensador, isto anda tudo ligado, em "o irmão do meio"]


09 março 2005

metro

gaja: aconteceu alguma coisa? O_O
eu: não. oO
gaja: ah, é que tás com uma cara que parece que levaste porrada.

isto sou eu aproximadamente às 10 da manhã.




há uma rapariga lá no estágio que está grávida. é estagiária, como todas[os] nós, mas é um bocadinho mais velha. soube hoje, numa notícia que correu como um rastilho, até foi um bocado esquisito.

drª helena: ai, vou levar este chocolate para a X porque ela está de esperanças, merece.
drª susana: alguém está de esperanças? quem é que está de esperanças?
drª helena: a X.
drª susana: ah :D
eu: ... oO

ai parabéns parabéns parabéns. é um bocado estranho dar os parabéns a uma pessoa que não estava à espera de estar grávida, mas eu também dei.


e num assunto relacionado em termos de aumento de volume, tenho comido imenso. não sei se é por não fazer muitas refeições decentes ou se é por outro motivo qualquer. tenho fome muitas vezes e nos últimos dias só penso em donuts. se calhar se comesse um, passava. dentro de meses atingirei o patamar heloísa miranda, altura em que ficarei bastante orgulhosa [ufana, como diz gente que eu conheço].


bom, queria-me queixar mais mas não me lembro. sorte a vossa, aproveitem enquanto dura.

este blog anda muito foleiro.

boa noite.

ah, não, queria também dizer que ando cansada. e não tenho paciência para nada. what else is new?

sonoro: um compêndio de jennifer lopez na mcm. ah pois é.

08 março 2005

' internal expanding & external contracting '



encontrei esta imagem no blog do xiks e achei bonita. quis partilhar convosco. foi ele que fez.

07 março 2005

coisas boas de hoje

no elas em marte de hoje - vi aquilo outra vez, caramba! - falaram no álbum novo da margarida pinto, a vocalista dos coldfinger. chama-se apontamento e só ouvi um bocadinho de uma música, mas gostei. há um tema chamado translúcido.



foi a melhor imagem que arranjei.


enquanto procurava imagens, encontrei uma fotografia da margarida rebelo pinto com o jorge palma. que medo. nem quero saber como é que aquilo aconteceu. espero que fosse numa altura em que ele estivesse em coma alcoólico ou em grave síndroma de abstinência.


hoje o dia não me correu mal. mas até tenho um bocado de medo de dizer isto, porque, não sei porquê, tenho medo que amanhã me caia tudo em cima outra vez. veremos.

ia ver o six feet under, mas já não vou. não me apetece.

boa noite.

04 março 2005

em casa de ferreiro, espeto de pau.

a minha orientadora de estágio está deprimida desde o verão e ainda não tinha percebido.

preciso de comprar um bâton para o cieiro.