no outro dia, a minha orientadora de estágio na instituição (a magnífica u.c.c.p.o. - que não é o nome de uma equipa olímpica da antiga u.r.s.s., contrariamente ao que sempre me faz lembrar, mas sim a equipa A do hospital júlio de matos, a unidade comunitária de cuidados psiquiátricos de odivelas), bom a minha orientadora de estágio teve um sonho com que acordou às 3 da manhã.
era assim:
havia um homem que tinha morto a filha, para depois a escortanhar e emparedar os bocados.
chamou-se o 112, que era ela [a dra. graça alves] e eu.
nós fomos, e chegando lá, ela perguntou-me: "oh inês, não estás com medo?".
e eu: "não."
fizémos não sei o quê e eu despedi-me do homem com um aperto de mão, e ele: "até à próxima".
entretanto, a doutora graça alves estava no carro, pedia para que eu me despachasse e dizia: "oh inês, ele disse até à próxima !"
e eu: "para a próxima é a mulher".
ela disse que isto foi por causa da minha expressão tão calma.
até fiquei lisonjeada por ela pensar em mim como o 112 (como os miúdos pensam nos bombeiros), mas isto fez-me pensar:
há uma ténue linha entre ser-se uma pessoa calma e ser-se panhonha.
depois procedemos a gozar comigo e como eu tenho tendência a ter sempre peninha de determinado tipo de pessoas.
"pronto, foram só 5 facadas, não faz mal..."
25 junho 2005
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