10 setembro 2006

a árvore que anda

uma vez quando era pequena ofereceram-me um livro chamado a árvore que anda. lembro-me que na altura achei o título muito poético e tive vergonha. no outro dia encontrei-o por acaso em casa do meu pai, achei o mesmo e percebi porquê. o conceito agrada-me e é o tipo de livro que gostava de ler aos meus filhos. como no outro dia na festa do avante, em que encontrei um livro sobre a miffy e a sua amiga correspondente e achei amoroso. é daqueles livros simples, com pouco texto e grandes gravuras, e conta como a miffy tem uma amiga estrangeira com quem se corresponde. um dia ela decide visitá-la e andam as duas a passear, a miffy, uma coelhinha branca, e a amiga, uma coelhinha castanha.
às vezes não percebo porque é que escolhi como modo de vida ouvir as preocupações dos outros quando o que eu preciso é que dêem ouvidos às minhas. se calhar as pessoas não notam, porque estou sempre no mesmo sítio, mas a minha cabeça não está. eu, na minha pequena medida, também sou uma árvore que anda.


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ontem comprei o expresso por causa do dvd do lost in translation. traz uma série de cadernos, nomeadamente um de habitação. hoje, por lanzeira, pus-me a ver esse e acabei por ir parar ao site. não me importava de morar numa casa como esta ou esta ou esta. não são perfeitas, mas são aconchegadoras.

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