17 abril 2008

bom dia. estou a bloggar em vez de trabalhar. porquê? porque sou uma funcionária extremamente eficiente e já fiz todo o trabalho que havia a fazer por ora.

estava a ver a lista da Forbes de multimilionários que começaram pobres e sabiam que o fundador do Ikea, Ingvar Kamprad, é disléxico, agarrado ao dinheiro e mobila a casa com material do Ikea?


noutras notícias, também descobri um blog giro.


como já devem saber ou não, mudei de casa. divergências creativas irreconciliáveis ou o que lhe queiram chamar fizeram-me sair do sítio onde estava.
como tal, ando à procura de imagens para adornar as paredes da minha nova casa e apeteceu-me partilhar convosco uma das minhas escolhas preferidas. não sou uma entendida em arte, mas gosto de a apreciar. Alfons Mucha é um dos meus artistas favoritos e decerto que o estilo vos é familiar: pertence à corrente da Arte Nova, em que o valor estético das peças é exaltado - por vezes até exagerado, mas é um exagero que me agrada. natural da República Checa, radicou-se e fez carreira em Paris.
ontem andava à procura de imagens para seleccionar e encontrei estas duas, que me apeteceu partilhar convosco.



"cravo", de uma série dedicada às flores



"esmeralda", da série pedras preciosas



Mucha desenhava predominantemente mulheres, como terão percebido. uma das coisas que mais me impressionam é que elas aparecem sempre belas, mas não impossíveis. fixam a atenção, mas não são irreais. outro aspecto que me impressiona imenso é o realismo das expressões faciais e a aparente naturalidade das poses. por exemplo, na imagem directamente acima deste texto a modelo parece mesmo estar a olhar para nós, não a posar para uma fotografia imaginária. é esse sentimento de 'ela podia estar aqui' que faz as mulheres parecer mais belas e dotadas de uma aura que capta a atenção do espectador.
na primeira imagem, não posso deixar de chamar a atenção para a mão esquerda da mulher. ainda que numa posição estranha e não particularmente bonita em si, a mão da senhora está colocada de um modo que se repete na realidade. a subtileza da atenção a este tipo de acontecimentos e o conhecimento de anatomia que sugere são - volto a repetir-me - impressionantes.
o detalhe com que Mucha desenhava as formas dos corpos das mulheres dotava por vezes as suas imagens de erotismo, não pelo que era mostrado ou sugestionado mas sim simples e fortemente porque estas mulheres eram bonitas.

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