12 novembro 2004

fala do que sabes

pois é. aqui estou eu.
o tempo passou e eu achei que devia fazer um update no blog.
no entanto, não há novidades interessantes a contar, por isso vou falar das coisas chatas do costume.

estou o chamado derreada. passei o dia em casa [fora uma breve saída :P ] mas fartei-me de trabalhar. estive o dia todo ao computador a acabar uma espécie de trabalho que tenho de apresentar no estágio na 3ª feira. fiquei muito mais culta em termos de testes psicológicos [porque não conhecia a maioria dos que eles usam lá no sítio - nós temos uma formação muito pobre nesse aspecto, no ispa], mas já estou farta daquilo. porcaria de testes e tabelas e quocientes e inteligências.
a esse propósito, gostava de dizer que não gosto da minha orientadora de estágio. eu tento, mas está a revelar-se difícil [como alguns de vocês podem já saber :P ]. logo de início não fui com a cara dela e foi a que me calhou no sorteio. 'oh well', pensei eu.
não gosto do tom de voz dela. fala muito devagar e parece condescendente. pode parecer estúpido, mas incomoda-me genuinamente. e parece haver uma barreira de comunicação, but i'll work on that.

no outro dia aconteceu uma coisa muito estranha. lá no sítio onde eu estagio faz-se [entre outras coisas] terapia familiar, sendo que essa mesma sala é usada para a terapia de grupo. ora, as salas para terapia familiar têm um daqueles espelhinhos que dão para espreitar do lado que não reflecte, como se vê nos filmes de polícia ou no big brother; isto serve para que a equipa que não está na sala com a família a observe interferindo o menos possível na sua dinâmica [sempre com o conhecimento da família, obviamente - ou não tão obviamente]. ora, lá no sítio onde eu estagio, o lado "oculto" da parede é também onde estão arrumados os testes, é uma salinha muito pequenina. precisei de lá ir porque andava a tirar fotocópias feita doida para o tal trabalho e estava a decorrer uma sessão de terapia grupal. como se não fosse estranho e desconfortável o suficiente estar ali quando as pessoas estavam do outro lado da parede [sem saber de mim], pareceu-me reconhecer uma pessoa. comecei logo a fazer associações, 'por isso é que ela sabia tão facilmente onde ficava o meu estágio' e 'parece mesmo o casaco dela'. felizmente, era só produto da minha falta de óculos, mas durante uns momentos fiquei ali num dilema congelada [não sei porquê, porque eu sabia perfeitamente que devia sair]. depois limitei-me a ouvir tudo menos a conversa das pessoas que estavam na sala e a fazer o que tinha de fazer o mais rapidamente possível e a dizer a mim própria 'não faz mal, não faz mal'. intimacy is a strange thing.
mais tarde nesse dia, encontrei a pessoa em questão na biblioteca.


music: air [lost in translation ost] - alone in kyoto § alicia keys - diary § [lost in translation ost] bill murray - more than this § amy winehouse - in my bed

1 comentário:

Bogas disse...

As coisas chatas do costume são bem vindas :)