23 novembro 2006

o santo graal do material de escritorio

meus amigos, já tinha desistido de postar hoje, mas encontrando-me subitamente de energias retemperadas após 1) um período do chamado arrochar no sofá da sala que nem um animal e 2) uma piquena sessão do vício diário que é a internet nocturna, estou pronta para vos dar conta da minha descoberta de hoje. eu devia era ter ido para médica.

como devem ou não saber, eu sou uma menina atinadinha. como tal, hoje fui ao primeiro dos dois dias das jornadas de psiquiatria e saúde mental que aqui publicitei.
tudo muito lindo, muito normal, até que chega a hora do coffee break (só superado pelo beberete anunciado no programa provisório, agora substituído por um banal 'cocktail').
meu deus, meu deus, meu deus. como explicar?
não sei se vocês sabem o que são delegados de informação médica. há as farmacêuticas, não é, e os delegados trabalham para elas divulgando as novas medicações aos médicos [uma profissão que se marca por longas esperas no corredor, do lado de fora dos consultórios] e entregam-lhes esferograficazinhas e blocos de notas e assim. por isso é que os médicos estão sempre cheios de canetas e têm sempre onde escrever.
ora, onde eu fui hoje havia bastantes psiquiatras, como é natural. e aquilo estava cheio de stands de farmacêuticas. mas é que é CHEIO.
eu nunca vi nada assim. é que não vi mesmo, porque nos outros colóquios a que fui não havia bancas de farmacêuticas nenhumas - há a pastinha oferecida pela farmacêutica - com o logotipo -, o bloco de notas com publicidade ao medicamentozinho, a caneta e vivó velho.

ora, meus amigos, o que eu descobri hoje é um mundo novo.
a debandada era geral, com as mulheres [lembro-vos que se trata de um contexto de cuidados de saúde, onde as mulheres prevalecem...] desvairadas a correr banca após banca, com seis e sete sacos na mão, a recolher o máximo de material possível no menor espaço de tempo.
e o que era o material?
bom, não vos vou dizer o que era tudo, mas vou-vos dizer o que trouxe. num único saquinho, que eu ainda tenho alguma dignidade.
o foco principal acho que seriam os panfletos esclarecedores e de publicidade aos medicamentos dos vários laboratórios, mas a loucura da pequenada foram os brindes de publicidade - e os delegados de propaganda sabem-no bem, nota-se.
entre diversos panfletos publicitários e artigos científicos - sempre sobre o medicamento publicitado - trouxe algumas quatro esferográficas, porta-chaves, lenços de papel, blocos de notas, um íman, um marcador de livros, rebuçados, clips, um calendário, um lápis e um tapete para o rato.
deixei de lado as pulseirinhas porque achei um bocado ridículo.
ah. também trouxe uma maquineta que faz furos no papel mas que não sei para que serve.

agora percebo o slogan 'barreiro, terra de progresso'. isto é que é vida.

3 comentários:

Anónimo disse...

Oh meu deus. É uma pseudo feira da ladra! Já não basta o ror de dinheiro que extorquem aos pobres neuróticos ainda fazem estes biscates...

bluesboy disse...

A maquineta fará piercings? :P

Vivá indústria farmacêutica, yeah!

Anónimo disse...

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