12 outubro 2009

the guilt machine

se há coisa a que sou vulnerável é ao sentimento de culpa. nada me prega uma rasteira tão certeira.

basta uma sugestão de culpa, vê-la ao de longe, para começar a recuar nas minhas opiniões, nas minhas crenças, no fundo no meu sentimento de justiça. para que não se zanguem comigo. e se depois deixam de gostar de mim? e se me deixam? o que é que eu faço sozinha?

a minha cabeça começa a ramificar o pensamento sobre as maneiras como sou culpada, com se de uma árvore se tratasse. eficiente e limpo. é uma omnipotência tola que me concedo.

pensar nisto e saber isto já não é mau.


tenho de arranjar um colete à prova de bala. não sei é se há à venda.





2 comentários:

Anónimo disse...

"Is it a sin, Is it a crime
Loving you, dear, like I do?
If it’s a crime then I’m guilty,
Guilty of loving you"

I guess feeling guilty isn't all that bad sometimes.

:)

Raquel disse...

Todos nós temos as nossas inseguranças e formas de lidar com o que de menos bom vem do que nos rodeia. Penso que haverá pouca gente que não ache que poderia ter reagido de outra forma (melhor) a determinada coisa.

O que podemos fazer? Aprender com as nossas reacções e fazer o nosso melhor, para reagirmos cada vez mais da forma que percepcionamos como sendo a mais acertada a cada situação (esta é a parte difícil e mais morosa da coisa).

Penso que muitas pessoas não admitem sequer para elas mesmas que deveriam reagir de outra forma, e portanto, acho que deves encarar o que escreveste como um gigante passo em frente, se queres modificar/eliminar essa tua reacção. :)