NÓS.
Um outdoor da campanha para o Referendo fez-me pensar. Nele se pergunta se estamos dispostos a que o dinheiro dos nossos impostos vá para clínicas que farão abortos. Que sociedade permitimos que crescesse? Todos nós, adeptos do sim e do não? Com receio que as abordagens religiosa, ética, de saúde pública, legal, etc... não chegassem, alguém sacou da manga um argumento que cala fundo em cérebros pós-modernos e endividados - querem ser vocês a pagar? Quando se recorre ao bolso e à carteira para defender a Vida, diz-se alguma coisa acerca da sociedade em questão, a saber, acerca da sua hierarquia de valores. Eles não são apenas indiscutíveis, mas também caros! Pobres de nós - vou repetir - nós todos... - quando tal argumento faz sentido numa discussão destas:(.
-- in murcon
2 comentários:
Em relação ao aborto, para mim o mais importante nisto tudo é que uma das opções (o 'sim') permite que as pessoas escolham algo, enquanto que o 'não' impõe, ao invés de promover a liberdade de escolha.
Há pessoas que, por sorte, têm posses para poder ir fazer um aborto a Espanha, mas então e as outras? Estão condenadas a fazerem 'desmanchos' em vãos de escada? Let's face it, foi estimado que há mais 2 biliões de humanos do que o número que seria 'adequado' para se ter algum equillibrio entre as pessoas que existem o que se consome dos recursos naturais. Se se tem de cortar em algum lado, porque não antes de uma amálgama de células se tornar uma pessoa?
Infelizmente, sabendo a mentalidade (perguiçosa) do português médio este referendo vai falhar por causa de uma taxa de abstenção elevada, porque a maioria dos votantes do 'sim' ficam em casa de cú sentado a ver TV, enquanto que os do não vão votar porque o padre lhes disse que se não fossem votar sim iam estar a matar criancinhas. :\
Erm... onde se lê 'que se não fossem votar sim iam estar a matar criancinhas' deve ler-se 'que se não fossem votar 'não' iam estar a matar criancinhas'. :P
Enviar um comentário