30 setembro 2006

a melhor música do álbum



-- feng shui, gnarls barkley
Every year, the Fur Free Alliance, an international coalition of animal protection groups, offers college and university students a chance to "Design Against Fur" in a poster/advertisement contest.
This year's challenge? Create a design that will expose the brutal Canadian seal hunt and the fashion industry that supports the slaughter by creating demand for seal pup fur. I thought you'd like to see some of the 2006 Design Against Fur contest winners.




para participar: www.designagainstfur.org

28 setembro 2006

o horóscopo de há dois dias

carneiro
o seu mote para esta semana deverá ser "carpe diem", ou "agarre o dia". quando o agarrar, abane-o bem, para ele perceber quem é que manda.

touro
não tem estado a dormir bem, mas isso vai mudar. vai desenvolver a capacidade de adormecer quando quiser - à noite, ou durante reuniões maçadoras.

gémeos
óptimo dia para compor poesia. envie-a para as finanças em vez daquelas aborrecidas declarações de imposto, eles vão apreciar o gesto.

caranguejo
os seus amigos estão muito apáticos ultimamente. diga alguma coisa para os animar, como por exemplo "foi óptimo conhecer-te! espero que não doa muito!"

leão
evite perturbar alguém que esteja a dormir. a não ser que esteja zangado, nesse caso o melhor é proveitar a deixa, de preferência com uma frigideira mesmo no cocuruto.

virgem
hoje vai ver uma brecha no passeio. lá dentro estará uma pastilha. não coma a pastilha.

balança
prepare-se para o inesperado. prepare uma boa quantidade de queijo ralado.

escorpião
um bom dia para ir ao banco levantar dinheiro novinho em folha. mantenha-se ao balcão a cheirá-lo até que tenham que chamar a segurança.

sagitário
um óptimo dia para ser daltónico. peça ajuda quando vir o pôr-do-dol, perguntando: "é bonito? não consigo perceber, sou daltónico."

capricórnio
vai andar irritado com tatuagens chinesas. quando vir alguém com uma, pergunte-lhe porque é que tatuou "galinha chop-suey" no braço.

aquário
está a precisar de desabafar. vá a um restaurante de grelhados. cada vez que o cozinheiro colocar comida na grelha, grite alto durante 20 segundos.

peixes
dê ao seu amigo/a um grande beijo. se não tiver nenhum à mão, estranhos também servem.

por andreia gaita

20 setembro 2006

sem assunto

estou muito entediada, hoje. já tentei trabalhar mas não me apetece, não estou mesmo com cabeça. assim, fiz uma coisinha mínima. mas é melhor que nada, i guess.

então para me entreter vou-vos mostrar as fotos da festa do avante, onde, para quem não sabe, fui este ano pela primeira vez. não estou com paciência para grandes legendas, desculpem.



a perspectiva geral - "isto está cheio de perigosos comunistas..."



uns senhores alentejanos que andavam por lá a chincalhar uns badalos



não se percebe muito bem, mas é a actuação dos yellow w van no palco principal



eu muito compenetrada com ar de madalena arrependida e o meu paizinho



o meu pai mais a minha prima e a minha outra prima



l'annabelle *giggle*



xaran.

16 setembro 2006

no caso de terem estado debaixo de uma rocha nos últimos tempos, aqui vai:




-- susana félix, flutuo

11 setembro 2006

esqueci-me de dizer uma coisa

esta terça-feira às 23h30 vejam, na 2, o "por outro lado" com o antónio coimbra de matos, o psicanalista conceituadíssimo que tem 80 anos, conta anedotas porcas em aulas de auditório e explica aos alunos o que é uma personalidade narcísica com 'só puxa dos galões quem não tem c*lhões'. não percam, o homem é um prato :)

10 setembro 2006

a árvore que anda

uma vez quando era pequena ofereceram-me um livro chamado a árvore que anda. lembro-me que na altura achei o título muito poético e tive vergonha. no outro dia encontrei-o por acaso em casa do meu pai, achei o mesmo e percebi porquê. o conceito agrada-me e é o tipo de livro que gostava de ler aos meus filhos. como no outro dia na festa do avante, em que encontrei um livro sobre a miffy e a sua amiga correspondente e achei amoroso. é daqueles livros simples, com pouco texto e grandes gravuras, e conta como a miffy tem uma amiga estrangeira com quem se corresponde. um dia ela decide visitá-la e andam as duas a passear, a miffy, uma coelhinha branca, e a amiga, uma coelhinha castanha.
às vezes não percebo porque é que escolhi como modo de vida ouvir as preocupações dos outros quando o que eu preciso é que dêem ouvidos às minhas. se calhar as pessoas não notam, porque estou sempre no mesmo sítio, mas a minha cabeça não está. eu, na minha pequena medida, também sou uma árvore que anda.


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ontem comprei o expresso por causa do dvd do lost in translation. traz uma série de cadernos, nomeadamente um de habitação. hoje, por lanzeira, pus-me a ver esse e acabei por ir parar ao site. não me importava de morar numa casa como esta ou esta ou esta. não são perfeitas, mas são aconchegadoras.

para o homem não me chatear mais

mandaram-me fazer isto


seis coisas sobre mim que vocês não podiam viver sem saber:

1. nunca tive medo do escuro nem de filmes de terror - nem em pequena
2. gosto muito da minha tia alice
3. tenho um tique quando vou adormecer
4. não sou capaz de comer órgãos internos
5. faz-me mais impressão esfolões do que feridas profundas
6. sou um bocadinho provinciana :P :$

passar o testemunho: quem quiser que responda.

09 setembro 2006

que freakalhada.

ok. estava com curiosidade sobre o que é afinal a cientologia, até porque tinha ouvido umas coisas esquisitas, e fui procurar.
procurei nalgumas páginas até que fui parar à wikipedia, onde de facto têm muita informação.
entre outras coisas, encontrei o seguinte:


Silent birth and infant care

Hubbard [fundador da cientologia] stated that the delivery room should be as silent as possible during birth. This stems from his belief that birth is a trauma that may induce engrams into the baby. Hubbard asserted that words in particular should be avoided because any words used during birth might be reassociated by an adult later on in life with their earlier traumatic birth experience. Hubbard also wrote that the mother should use "as little anaesthetic as possible". According to Hubbard, babies should not be bathed after birth.

Hubbard also wrote that breastfeeding should be avoided. Hubbard compared replacement formulas circa the mid-1950s, which he described as "mixed milk powder, glucose and water, total carbohydrate", with what he considered the "skim breast milk from ... overworked mother[s]" that "smoke and sometimes drink"; as an alternative to commercial products, Hubbard offered what he called the "Barley Formula", made from barley water, homogenized milk, and corn syrup or honey. Hubbard claims that "I picked it up in Roman days." He crafted the barley formula to, in his words, provide "a heavy percentage of protein".


ora bem. pondo de parte a freakalhada que isto é instintivamente, analisemos. vamos por ordem, que é mais fácil.
é verdade que nem de todas as memórias nos lembramos. especialmente as afectivas. mas antes de sequer podermos funcionar assim, há um período da nossa vida em que ainda não conseguimos propriamente pensar. temos muito tempo para lá chegar. o cérebro é novinho, nós somos bebés, o sistema nervoso ainda está em modo 'aguenta-aí-os-cavais' [o sistema nervoso é alentejano, não tem pressa, não sabiam?] e as obras ainda não acabaram, pelo que as coisas ainda são relativamente simples. acho que haverá, na melhor das hipóteses, uma lógica de associação causa-efeito entre as coisas que nos faz aprender sem que nos apercebamos disso. tipo "olha, eu choro e ela vem com o biberão. fixe, era mesmo isto que eu queria. da próxima hei-de fazer o mesmo.".

bom. mas voltando à vaca fria, que já me perdia. é verdade que basicamente no início da nossa vida cá fora nós não temos - por factores fisiológicos - capacidade de processar a informação, por isso se nos acontecer qualquer coisa terrivelmente terrível nunca nos vamos lembrar disso. mas a marca que vai ficar é afectiva. é como se fosse uma emoção que não deixa de existir mas não sabe qual a sua raiz. a falta de capacidade de simbolização/representação mental - que é essencialmente aquilo que nos permite pensar - faz com que não seja possível 'pegar' no acontecimento ligado a essa vivência emocional e trabalhá-lo, seja para o bem ou para o mal [como seja gerar uma depressão, por exemplo].

isto tudo para dizer que até acredito que sim senhor o nascimento possa ser uma experiência violenta para o bebé, mas não creio que seja traumática no sentido de provocar uma ferida com que a criança não seja capaz de lidar. detesto ser básica, mas se fosse assim tão mau acho que a natureza nos tinha arranjado uma melhor maneira de começar a vida, já que ela gosta que a gente viva e se reproduza e o diabo a sete. em particular quanto ao que o cientologista diz, acho muito egocêntrico achar que as palavrinhas [eventualmente os palavrões] que a mãe gritar durante o parto vão ficar eternamente ligadas na mente da criancinha à altura em que nasceu e as ouviu [já nem falo em compreender - mas dou a abébia de que ninguém gosta de ouvir gritar, nem que seja em checo-turco], não podendo em qualquer altura da vida associá-las a qualquer outra pessoa ou circunstância que não a sua toda-poderosa mãezinha. por outro lado [e contrastando], é ter muito pouca fé nas nossas [dele] capacidades parentais acreditar que nada que façamos possa ajudar a nossa criancinha a ultrapassar uma situação difícil, a começar logo à nascença. que fará quando o miúdo tiver acne, valha-me deus. é, na prática, passar um atestado de incompetência afectiva e interpessoal aos pais.

em segundo lugar, e porque a conversa já vai longa, não tem pés nem cabeça a história do leite.
para além dos dados científicos [sim senhora, sempre passíveis de refutação] segundo os quais o leite materno é bom e saudável para o bebé - para além da experiência fulcral de vinculação que permite entre a mãe e o bebé - , é uma tontice dizer que o leite materno é mau porque o leite artificial é nutritivamente melhor. talvez o facto de se ter usado leite de mães FATIGADAS, FUMADORAS e que CONSOMEM ÁLCOOL enquanto amamentam ajude a explicar a coisa. primeiro porque qualquer estudo que se queira dizer científico tem de fazer controlo das variáveis - normalmente com aquilo a que se chama... xaran, grupo DE CONTROLO - e depois porque talvez o próprio facto de essas mesmas mães estarem stressadas e terem nicotina, alcatrão e álcool no sistema não contribua para potenciar a capacidade nutritiva do leite que produzem. em terceiro lugar e por fim, talvez o facto de pessoas que têm a seu cuidado um bebé e ainda por cima o estão a aleitar terem esse tipo de comportamentos irresponsáveis diga algo sobre a sua personalidade ou pelo menos o seu estado mental na altura e, como tal, não sejam em geral o tipo de mães [ou pais, é indiferente] que todos desejaríamos para nós. provavelmente - e isto é uma especulação - no futuro não serão tão cuidadosas, atenciosas ou simpáticas como deviam (e atenção que eu não falei em ser-se perfeito.).

isto era para ficar divertido, mas não ficou.


gostava de referir que a sofia me advertiu, a propósito de eu ir fazer este post:

(S)sofia(*) says:
AXO K OS ALIENS IRÃO INTERCEPTAR VIOLENTAMENTE O TEU BLOG
(S)sofia(*) says:
SO ESTAS A FAZER ISSO PK É O K ELES KEREM
(S)sofia(*) says:
lembra te disse!!!
(S)sofia(*) says:
Cruise, Tom 2005



obrigada e boa noite.

tic-tac, tic-tac

opah, eu curto da floribella :P



06 setembro 2006

sem palavras - o chamado conflito cognitivo

por enquanto não vos vou contar histórias da minha ida à festa do avante, porque não me apetece. apenas esta.

estava a passear pela tenda da livraria com o meu pai e a anabela quando passei os olhos por um livro com um nome familiar. mário contumélias. mário contumélias? oO mas esse senhor não foi meu professor? incrédula, quis ir confirmar, e era verdade: aparentemente, o meu antigo professor escreve romances e já não era o primeiro.

no currículo que lhe davam na badana vinham pérolas como o facto de já ter estado presente em nove finais do festival da canção como compositor

e foi então

que veio a notícia pior de todas

o homem que dá sociologia ao 1º ano
que ensina a teoria da pós-modernidade de bourdieu [da qual já não me lembro nada]

é o autor do tema 'o areias é um camelo'


acho que não é preciso dizer mais nada.
acho que é desta que vou surtar e dar em esquizofrénica.